Workshop para brainstorming de soluções sobre violência de gênero online/

Metodologia desenvolvidas durante:

Evento: Internet e Gênero SSIG (Joana e FerShira)

Evento: Cryptorave (Joana, Raquel, Larissa Santiago, Tiago Rubini)

Objetivo: conversar sobre questões de Gênero e Internet e fazer um jogo de role play com participantes. A idéia é sacudir um pouco as cabeças das pessoas sobre como as soluções apresentadas até hj são insuficientes e restritas. Bem como evidencias a sobreposição de pautas feministas e de direitos digitais.

5 min apresentação

15 min - introdução sobre os assuntos diversos de Internet e Gênero

Slides: ssig_2017_internet_genero_1_.pdf

5 min de explição da dinâmica e divisão em grupos:

Divisão em grupos de 6 pessoas, que terão os seguintes papéis.

1) Vítima: vai decidir como lidar 2) Conselheirx jurídico: dicas sobre o aparato legal. 3) Conselheirx de comunicação: dicas de como comunicar o caso. 4) Conselheirx tech: dicas de uso das tecnologias para lidar com a questão. 5) Conselheirx de solidariedade: dicas de ajuda psicológica e de uso de redes de solidariedade para apoio. 6) Relatora

Observação: Se audiência for mista, uma experiência interessente seria que os homens interpretassem o papel das vítimas.

Para cada grupo é sorteado um dos casos abaixo:

CASO 1) Você é uma empresária, divorciada, cuida dos filhos sem apoio do pai e é muito dependente do salário que tem hoje. Teve um relacionamento de algum tempo com um parceiro que você confiava muito e trocava vários nudes. Mas ontem ele viu uma foto sua se divertindo MUITO num grupo de whatsapp, ficou enciumado e resolveu acabar a relação te mandando uma mensagem: “Vadia, vou espalhar todas aquelas fotos nuas que você me mandou se não tiver 10.000 depositados na minha conta até amanhã, 18h.”

CASO 2) Você é jornalista e acabou de publicar uma matéria no seu blog de um grande portal de notícias sobre assédio sexual no ambiente de trabalho por parte de um ator famoso. Durante seu café da manhã você vai checar suas redes sociais e percebe que recebeu milhares de notificações. Começa a ler e percebe que são em grande parte pessoas te xingando de má jornalista, desequilibrada e te ameaçando pela publicação do dia anterior. A caminho do trabalho, você começa também a receber ligações de números anônimos te chamando de vadia e ameaçando a tua família. Chegando ao trabalho, o editor-chefe diz que vai tirar sua matéria do ar, pois o jornal está recebendo ameaças, inclusive de financiadores. Você está chegando em casa arrasada e vê que pixaram “feminazi” na sua fachada. Você foi alvo de doxxing e descobriram também seu endereço!

CASO 3) Você é uma artista trans que usa redes sociais para divulgar quando serão suas próximas performances. No seu perfil, você também posta fotos destes eventos e é o único lugar onde tem registro histórico do seu trabalho. Seu principal tema de trabalho trata da normativização dos corpos, criticando padrões de beleza impostos na mídia e até mesmo nas políticas de uso das redes socias. Sua próxima performance é em 3 dias, você está super emocionada de poder trazer uma artista da Tailândia para dividir o palco e está toda toda divulgando data e local nas redes. Até que, ao tentar entrar no seu perfil, percebe que seu post de divulgação do evento, que tinha imagens de sangue menstrual, foi deletado. Você notifica o facebook que, ao perceber que você não utiliza seu “nome real” na sua conta, bloqueia a conta inteira. Você está desesperada, pois esse é o seu principal canal de contato com seu públlico e a performance é em poucos dias.

CASO 4) Você é uma, jornalista e trabalha num grupo de mídia periférica fazendo cobertura de fatos que acontecem dentro da comunidade da Maré. As matérias escritas por você são geralmente publicadas na página de Facebook do grupo. Um dia você recebe uma ligação de um amigo perguntando se está tudo bem, pois ele ficou sabendo que os traficantes do morro estão te procurando para falar de um post que foi publicado pelo seu grupo de mídia, revelando informações sobre as atividades deles. Você não entende nada e fica muito abalada, pois nunca publicou coisas assim e sabe que isso seria muito perigoso. Quando você vai checar o post percebe que alguém criou uma conta falsa imitando seu grupo e postando coisas contra os traficantes da região.

CASO 5) Você é um adolescente gay que sofre constante bullying na escola, não só por não ser heterossexual mas também porque xs colegas de turma não gostam da sua aparência e trejeitos. Você faz de tudo para nâo ter que cruzar com elxs, que estão sempre a te intimidar, difamar e ameaçar. Algumas professoras e professores compreendem a sua situação e te apoiam, apesar de a sua família conservadora não lidar bem com a possibilidade de você não ser o que ela gostaria. No começo das férias de verão, quando você pensa que estará livre das provocações do ambiente escolar, uma amiga te alerta sobre uma hashtag, feita com o seu nome, que seus colegas de turma vem utiizando no instagram para espalhar imagens e mensagens homofóbicas.

CASO 6) Finalmente, depois de anos tomando coragem, você decidiu sair do armário enquanto pessoa trans não binária: você não é homem e nem mulher e está tudo bem. Sua família, porém, não gosta nada da ideia, e resolve contar a sua história de vida de acordo com a perspectiva dela. Seus pais passam, então, a publicar no facebook fotos antigas suas que te constrangem, fazendo questão de destacar o seu nome de registro. Além disso, seu irmão faz posts diários ridicularizando pessoas trans no geral e dizendo que você só está fazendo isso para chamar atenção, e parece ter amplo apoio.

Vítima: vai decidir como lidar

Conselheirx jurídico: dicas sobre o aparato legal.

Conselheirx de comunicação: dicas de como comunicar o caso.

Conselheirx tech: dicas de uso das tecnologias para lidar com a questão.

Conselheirx de solidariedade: dicas de ajuda psicológica e de uso de redes de solidariedade para apoio.

20 min Dinâmica de role play Grupos leem o caso, cada conselheira/o da sua opinião e aconselha a vítima. As vítimas escolhem seus planos e relatam para o grupo. Relatoras tem o papel de perguntar para a vítima como se sente nessa situação.

3 minutos por grupo: Apresentação das soluções e do que sentiu da dinâmica de gênereo por parte das relatoras

Soluções documentadas durante a Cryptorave: https://pad.codingrights.org/p/cryptorave_solucoes_violenciagenero

Fechamento

Materiais: Precisamos montar os casos Fazer uma mini apresentação da parte inicial.